ousadia

foi ousadia, eu sei, escrever-te

custou-me tempo

foram tantos os parágrafos desfeitos

pausas necessárias

tantas vezes...

por onde começar, perguntei a mim mesma

e num impulso, escrevi um poema

no dorso do teu corpo

e vi a brisa eriçar tua pele

e me vesti de desejos

de sonhos...

voei feito ave noturna,

alada

carente de pouso

insone, cavalguei nas noites

na solidão acompanhada

de mar

e de mirangens

num deserto só meu

vendo as estrelas se apagarem

e a lua se perder no céu

vislumbrando teu corpo amanhecer

lânguido, sereno,

solícito...

feliz

Margarida Di

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 29/07/2018
Reeditado em 30/07/2018
Código do texto: T6403652
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