A longa noite, à caminho se fez

Num sábado qualquer,

Ouvi uma voz, com um

sotaque estranho.

Falou-me,

Como se o vento soprasse sonhos.

Como se o tempo não tivesse

deixado um legado longo.

Rindo,

Comunhamos

o fim do cárcere,

Éramos jovens, éramos loucos.

Bebiamos mel à torto.

Devorávamos o fruto, em silêncio.

Depois, numa atitude insana,

O véu foi rasgado e, maculado com sangue.

Comeu como um porco e, deixou-me só.

Cacos, fizeram-se prumo.

Espinhos, dobraram-se no catre,

Por longos dias... Por longos.anos.

Hoje, a vida se põe ao alcance.

Por que só agora,

o amor, me chama?...

Tinahh
Enviado por Tinahh em 31/07/2018
Reeditado em 06/08/2018
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