O meu poema
O meu poema não representa uma regra
Ou movimento específico,
Não possui verso ou rima que o faça adentrar a alguma conceito.
O meu poema pode estar a margem,
E mesmo sem direção,
Esculpir o que falta para aqueles que nunca imaginaram
Os atalhos que eles poderia percorrer.
Meu poema não pede licença!
E por degustar de grandes doses de liberdade,
Se constrói em diversas outras licenças que,
Mesmo sendo poética, ainda permanece intacto aos desafios
Ministrados pelas ditas vozes da verdade.
Meu poema brinca, se diverte
No momento em que se faz inquieto.
Em minhas palavras, não dita salvação de algo ou de alguém.
Só deseja estar, mesmo estando distante
De suas origens.
Minhas letras não pedem passagem
Para chegar ou estar,
Elas simplesmente viajam
Por diversos territórios.
Meu poema se revelou quando desacreditei
Que as palavras fossem livres,
E dessa liberdade tornei-me a força de uma resposta
Que permanecia apagada...
Nas páginas de minha crença e vontade.
É daquilo que menos esperamos que se encontra
O poema...
Que, pode ser redenção
Quando estamos presos a culpa,
E ferida quando nos ausentamos em nossa
Própria liberdade.