JOGO DA VIDA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
No jogo de mentira e incerteza
Minha carta na vida foi lançada
Entre dadinhos jogados sobre a mesa
Da sorte que por sorte foi arrancada
II
Saí ileso e sem nenhum rancor
Pulei as crateras com muita sorte
Abriguei-me do frio e do calor
Lutei e fugi dos braços da morte
III
Cada carta na mesa está marcada
Tudo em prol do maior adversário
No jogo que escolhi a maior cilada
De porte sem sorte é um relicário
IV
Joguei minha vida na mira da ilusão
O coringa lançado foi no meu destino
No perder o jogo atingiu o coração
Suor na pele de um calor vespertino
V
O resultado do leilão não foi satisfatório
Neste grande jogo cada pedra retirada
Igual a música apagada do repertório
História de uma vida que foi eliminada