Dança do acasalamento

Pudesse eu, sangrar antes

que o fogo me tocasse.

Pudesse eu, naquela noite,

Beijar o bento leito

da compreensão.

O seu diabo tilintou

fúrias ao meu ventre.

O meu coração bombou cicuta,

azedando o humor.

O amor parou...

Abismado, diante dos uivos do vento.

Oh, que triste sina, meu amor!...

Logo, agora, que

a ternura me toca...

Logo agora...

Ouço sua voz me chamando de amor.

O tempo se arma em trapaças...

Anos e anos, acordamos sonolentos.

Anos e anos, bebemos tinto sem nenhum valor.

Pudesse eu, sangrar antes que o fogo me tocasse.

Pudesse eu, soprar magias das Terras Gerais.

Aí, aí, aí. ..

A esperança, estica-me o dedo!

13 de julho, está tão longe!

Tinahh
Enviado por Tinahh em 12/08/2018
Reeditado em 22/08/2018
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