Dança do acasalamento
Pudesse eu, sangrar antes
que o fogo me tocasse.
Pudesse eu, naquela noite,
Beijar o bento leito
da compreensão.
O seu diabo tilintou
fúrias ao meu ventre.
O meu coração bombou cicuta,
azedando o humor.
O amor parou...
Abismado, diante dos uivos do vento.
Oh, que triste sina, meu amor!...
Logo, agora, que
a ternura me toca...
Logo agora...
Ouço sua voz me chamando de amor.
O tempo se arma em trapaças...
Anos e anos, acordamos sonolentos.
Anos e anos, bebemos tinto sem nenhum valor.
Pudesse eu, sangrar antes que o fogo me tocasse.
Pudesse eu, soprar magias das Terras Gerais.
Aí, aí, aí. ..
A esperança, estica-me o dedo!
13 de julho, está tão longe!