Desencontros
Nem ligo que me firam
Depois de tantas feridas
Es me aqui
Com esse sorriso de remendo
Se tenho coração mole
É por que a natureza divina
Assim quis e não cabe a mim
Lutar contra
Não ligo que falem
Muitos não conseguem
Perceber que
Pervesidade é culpar
O miserável pela própria situação de miserabilidade
Se o homem merece?
Quem sou eu pra julgar
Tenho tantos pecados
É sei que ninguém é santo
Ninguém também é demônio
Disso sei
Mas e esse coração mole?
O que faço com ele?
Nesse mundo de tantas
Desventuras?
É nesse momento me pego
Fazendo poesia
Ouvindo uma canção
A com a sensação
Que tudo tem salvação.
Tem muito amor ainda
Pra superar muito ódio
Mas essa trama
É a beleza de viver
Eu tento ser demônio
Pra me fazer anjo
Mas sou só
Um poço de emoções
Que as vezes de tão cheio
Transborda
Em um oceano
De encontros.