Essa nossa Geração

Ah! E essa nossa geração

Que de tão cansada acaba

Se esquecendo de tudo em volta

E apenas sorvendo o resto que não importa

Importa só pra nós e pra eles

É tanta coisa que o mundo dos “podres” institui

Que é melhor jogar tudo pro alto

E viver se importando com nada

Ah! E essa nossa geração

Vive pra morrer e vive se matando

Aos poucos bem devagar

Com medo de perder se quer um momento

Da preciosa vida que não podemos desperdiçar

Um só segundo

Um segundo só

Eu quero viver tudo

Eu quero viver muito

Eu quero viver

Viver!Viver!Viver!

E pra aproveitar tudo que a vida tem a oferecer

É só sair

É só dançar/É só beber

É só namorar/ É só fumar

É só transar/ É só cheirar

É só amar/ É só cantar

É só querer e esquecer

É só chegar e se firmar

E depois esperar deitado

Voar! Planando no imenso céu azul celeste

Livre! Livre na imaginação

Ah! E essa nossa geração

Geração valente e afoita

Sem medo do amanhã

Temendo sempre o ontem

Lembrando das bobeiras do passado

Querendo concertar

A nossa política cardíaca e paranóica

Se preocupando com o futuro do nosso país

Que a qualquer hora pode entrar em colapso

Lutando contra as normas da sociedade

Que não são nada adequadas a nossa regra moral

É medíocre, é arcaica, antiquada, démodé

Cafona, quadrada, católica, enferma, nauseante

Insípida, insossa, e afogada na sua imaculada desorganização e prepotência

Ah! Se essa nossa geração

Soubesse que não somos insignificantes

Que não somos módicos

Que iremos mudar o curso dessa história

Ah! Essa nossa geração

Acorda por favor! Deste doce e inocente berço de anestesiados

Tiago Rodrigues de Brito
Enviado por Tiago Rodrigues de Brito em 06/09/2007
Código do texto: T641794
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