À beira da estrada

Tudo sombrio

Tudo vazio

Parece não existir nada.

Além da brisa que meu copro alisa

À beira da estrada.

Vou tão sozinho

Nem ouço um passarinho

Cantar.

Mesmo assim não desisto

Nesse pomar insisto

Em caminhar.

Tudo sombrio

Tudo vazio

Parece não existir nada.

Caminho

Sempre sozinho

À beira da estrada.

Nem coaxa um sapo

Nem ouço um 'taco'

Dum galhinho quebrar

O vento lento

E meu pensamento

Em chegar.

Chegar onde?

Se nem sei pra onde

Vou.

Sem destino

como peregrino

Vou.

Grilos não ouço cantar

Nem as folhagens a balançar

Com o vento.

Mesmo assim não desisto

A caminhar insisto

Estrada à dentro.

Tudo sombrio

Tudo vazio

Parece não existir nada.

Caminho

Sozinho

À beira da estrada.

Quando chegarei?

Onde chegarei/

Não sei!

Mas hei de chegar

Em algum lugar

Hei!...

Nesse Lugar

A felicidade estará

Eu sei.

Se estiver

Haja o que houver

Lá ficarei.

Por enquanto

Vou no encanto

Dessa estrada.

A qual caminho

Sozinho

Mais nada...

Tudo sombrio

Tudo vazio

Parece não existir nada.

Continho...

Sozinho

À beira da estrada.

Luiz Viana
Enviado por Luiz Viana em 15/08/2018
Reeditado em 15/08/2018
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