POEMA INFINITO.

Vamos ter coragem,

pegar papel e caneta,

escrever frases perfeitas

que nos deixe transparentes

como águas de vertentes.

Para que pressa se vai escrever

cartas azedas por pura intensão,

vamos para um lugar secreto

dentro das nossas verdades,

sente-se num canto qualquer,

corra os olhos além do

seu ponto secreto,

faça do seu desejo um objeto,

persiga-o com cão perdigueiro,

mas não tire os olhos de mim,

sou pássaro passageiro,

nem eu mesmo sei de mim,

mas um fato é certo,

seus mimos são a flecha certa

num coração volátil,

revivo a cada efeito,

disso não duvido,sou imperfeito,

nestas linhas abro um campo

ótimo para devaneios,

plante em mim suas sementes,

a cova esta nova e a terra quente

pronta para germinar.

Eu nada sei, o que me vem em mente,

escrevo, não minto,

e esse rolo que desce

ladeira abaixo é meu martírio,

comece por agora,

sou um caderno em branco

esperando sua poesia,

escreva em mim o que seu coração pede,

se precisar pode riscar, mas não

me deixe em branco,

sou um campo após as queimadas,

prontinho para brotar,

pegue papel e caneta,

posicione-se na mesa, mergulhe em mim,

como um mergulhão atrás do peixe,

estou pronto para saciar fome e sede,

sou este espaço em branco

pronto para numa tarde sem sombra

receber o infinito poema.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 15/08/2018
Código do texto: T6420039
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