Perfídia, deserto e o lume
Neste olhar de pêra,
Fulgura um céu, um mar,
um dossel de safiras
benditas....
São sonhos e, não querem acordar!...
Nestes olhos de cera
segredam abutres, o
deserto e o lume.
Por este olhar infante,
distante, infame...
Um dia, me perdi.
Óh, perfídia!
Derradeira pêra, cera
que mirra o destino.
Não me abrace, não
me adorne...
Um longo inverno passou.
Hoje, eu não te quero mais.
Afaste-se daqui.