Tão comum

Quantos nãos ainda serão ditos

Até que eu ouça o teu sim?

Os meus olhos te fitam,

Mas é cada vez mais difícil me perceber.

É tão comum te ter em meus braços,

Sempre que fecho os olhos

É tão comum encontrar o teu lado da cama vazio,

Sempre que o sol atravessa a janela do meu quarto

É tão comum sentir teu cheiro e o gosto do beijo,

Qua do estou no quarto vazio a te esperar.

Quantas voltas os ponteiros darão no relógio

Até que o calor dos teus braços aqueçam os meus?

Até os dias mais ensolarados,

Chovo à espera do teu toque.

É tão comum não te ter por perto,

É tão comum esperar o dia clarear

Na esperança de que o sol se ponha

Para que mais uma vez

Eu possa sentir teu toque

Quando fechar os olhos.

É tão comum te querer e não te ter por perto

Que já se foram perdidas as contas

De todas as vezes que quis sentir o gosto do teu beijo

E precisei dormir para senti-lo.

Foi tão comum te permitir voar

E me perder do que sempre fui-você.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 18/08/2018
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