Tão comum
Quantos nãos ainda serão ditos
Até que eu ouça o teu sim?
Os meus olhos te fitam,
Mas é cada vez mais difícil me perceber.
É tão comum te ter em meus braços,
Sempre que fecho os olhos
É tão comum encontrar o teu lado da cama vazio,
Sempre que o sol atravessa a janela do meu quarto
É tão comum sentir teu cheiro e o gosto do beijo,
Qua do estou no quarto vazio a te esperar.
Quantas voltas os ponteiros darão no relógio
Até que o calor dos teus braços aqueçam os meus?
Até os dias mais ensolarados,
Chovo à espera do teu toque.
É tão comum não te ter por perto,
É tão comum esperar o dia clarear
Na esperança de que o sol se ponha
Para que mais uma vez
Eu possa sentir teu toque
Quando fechar os olhos.
É tão comum te querer e não te ter por perto
Que já se foram perdidas as contas
De todas as vezes que quis sentir o gosto do teu beijo
E precisei dormir para senti-lo.
Foi tão comum te permitir voar
E me perder do que sempre fui-você.