O Vácuo

Enquanto borboletas em círculos cobrem a vasta cabeleira medieval,

seu olhar cúpido suga para dentro de si os outros olhares do mundo - seus lábios molhados repousam em silêncio naquele ambiente de ternura e nudez. Aromas da cera e do mel cruzam os laranjais e, na madrugada, enquanto dorme, invadem o quarto, impregnando-a de rusticidade e beleza.

Pela manhã, após o banho ligeiro, o café (instantâneo) e olhar a caixa de e-mail, ela sai. Da porta de casa ainda posso vê-la pegar o ônibus e desintegrar-se por inteiro..