O que levo da vida

Quantas coisas neste mundo eu já vivi!

Por quantos caminhos a vida já me fez caminhar!

- Oh Deus, porque será que, nós, vossos filhos,

Mesmo estando velhos, ainda somos como crianças?

Levamos a vida inteira para compreendermos,

Que nada neste mundo é para sempre!

E por incompreensão e insensatez,

Tantos caminhos eu já refiz!

Por tantos mares eu já naveguei,

Mares de rosas,

Mares de glórias,

E mares de lágrimas...

Eu já conquistei coisas que eu nunca busquei,

E também já acumulei derrotas

As quais eu nunca desejei,

Mas uma coisa eu tenho compreendido;

Eu estou levando da vida,

Somente as coisas que eu aprendi...

Aprendi que viver é passar por uma escola,

Por um tempo que Deus quer.

E os livros que estudamos, são os livros da experiência.

As provas que fazemos, são duras ao extremo.

E não nos é permitido pesquisar, e nem mesmo colar,

Experimentamos na pele o resultado, seja bom, ou mau.

Aprendi que ninguém é maior,

Ou menor que ninguém,

E que toda criatura tem um grande valor,

Não importa o seu tamanho ou a sua cor,

Nem o nome que leva,

Ou o patrimônio que representa.

Aprendi que até o vento tem sentimentos,

O vento ama, e também se revolta,

E está sempre mudando de nome,

Quando ele está calmo,

Leva o nome de brisa,

E quando está zangado, tempestade.

Aprendi também que o Sol às vezes sofre,

E de vez em quando se entristece e fica pálido,

Todos os dias ele nasce no horizonte,

Caminha arduamente em seu trajeto,

Até morrer no fim de sua jornada,

Pois até mesmo ele, vive as suas intempéries.

Aprendi que a Lua também sofre,

Vivencia no céu, os seus dramas,

Traz consigo os segredos de sua existência,

Mas disfarça muito bem as suas inquietudes,

Vivendo equilibradamente,

Todas as suas fases.

Aprendi que levarei da vida, impressões,

De tudo que dela eu provar,

E depois de passar por esta escola,

Terei comigo uma importante bagagem

A do conhecimento!

E nada mais.

Rozilda Euzebio Costa