Voo Poético por Céus Inóspitos

Meu voo poético

é quase inóspito

é espírito caótico

é flor desabrochando

alquimia insensata

ourobouros da alma

e, a ampulheta toca o grão

da areia cósmica;

sou poeira de estrela

sou o incompreensível

sou transverso do verso

sou paradoxo ambíguo

metástase desgastada

mas, há ainda o amor

pela chuva e pelo sol

pelo pássaro do arrebol

pelo cricrilar do grilo

pelo coaxar do sapo

pelo som do silêncio

que cala meu âmago

revirado pelo tempo

pelo grão da ampulheta

que sabe o tempo do meu fim...

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 21/08/2018
Código do texto: T6425470
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