Fúria
Morra ébrio e louco
Nesse movimento
Lento do vento
Para cai levante
Sacuda e balance
Todas as luzes dessa cabeça
A leveza com beleza
Na terra atormentada
Esse espírito
É aço
Coluna no espaço
Incomodo modo
De que para quedas
De tanta vozes
Ecoam vontades
Diversas
O sonho morreu
É nem sinto mais
Que virou pesadelo
Pesando sobre estes
Corpos inertes
Escravos de satisfação
Olha mais não vê
Cheira e não sente
Sina decadente
Revolto mar
Perco me na tempestade
Sacudido de súbito
Pela consciência
Que sisma na razão
É no sentido
Ou qualquer direção
Sobre a esfera
Que flutua no espaço
Flutuo deliro
Delitos cometidos
Medindo esforços
Fazendo planos
Tão cômico
Tão trágico
Que se encontram num equilíbrio
Mágico
Emerge
Na busca refúgio
Ilha onde
A morte possa chegar
Mas até lá
Esperança me espera
A fé me ilude
O amor aquece
É nesse ritmo
Adormece.