Naquela noite...
Decerto que a grama ficou
prenhe do orvalho
Vestindo plural, o cipreste,
ao luar exalava satisfeito .
Não sei se o domingo dormia,
Ou se acordávamos a sexta-feira.
Primo amor selou vida e destino
O juizo perdeu o posto, ao ver anjos
velando a querência.
Éramos belos! Loucos infantes.
C'o sangue bombeando ardências!...
Eu me recordo daquela noite,
Túrgida de encantamento...
No véu de mil estrelas,
Boca com boca,
relâmpagos no ventre.
Era um céu...
Ao céu não se faz esperar...
Era um mar...
Com pena das andorinhas!...
O desejo era quente, quente.
Você sabe...
Estrelas foram tatuadas na alma.
O amor inda pulsa na mente.