Naquela noite...

Decerto que a grama ficou

prenhe do orvalho

Vestindo plural, o cipreste,

ao luar exalava satisfeito .

Não sei se o domingo dormia,

Ou se acordávamos a sexta-feira.

Primo amor selou vida e destino

O juizo perdeu o posto, ao ver anjos

velando a querência.

Éramos belos! Loucos infantes.

C'o sangue bombeando ardências!...

Eu me recordo daquela noite,

Túrgida de encantamento...

No véu de mil estrelas,

Boca com boca,

relâmpagos no ventre.

Era um céu...

Ao céu não se faz esperar...

Era um mar...

Com pena das andorinhas!...

O desejo era quente, quente.

Você sabe...

Estrelas foram tatuadas na alma.

O amor inda pulsa na mente.

Tinahh
Enviado por Tinahh em 24/08/2018
Reeditado em 17/12/2018
Código do texto: T6428745
Classificação de conteúdo: seguro