Relance...

O cimo do céu me invade

me torna em horizonte

procuro achar meu olho

o rumo de minha fronte

além desse azimute

o largo que me rodeia

é largo que o largo perde

em passos que não campeiam .

Silêncio envolto em bruma

velado sem se expandir

dormente em todo lado

zunindo sem se ouvir

relato de letra morta

disforme e encantado

presente e afastado

bulindo sem se bulir.

Me corta, e embriagado

procuro outra vez ouvir

olhar não sei pra que lado

o lado que o som vai vir

e qual silhueta torta

procuro e não vejo porta

não há o que se abrir.

Marco di Aurélio
Enviado por Marco di Aurélio em 27/10/2005
Código do texto: T64288