Sussurros do vento!

Fecho os olhos,

E no escuro...

Ascendo as luzes,

Da imaginação.

Caminho sem volta,

Quando a mente se liberta,

E me leva à você,

Coração, emoção,

Sensação de liberdade alcançada

Tantas vezes almejada.

Tua existência, da asas aos meus sonhos,

Solta contudo, meus contidos demônios.

Vou ao teu encontro no norte no sul,

Na rua, na lua,

Aonde teu riso estiver!

Nem escuto as promessas que fiz...

__ Nunca mais vou amar!

Fecho os olhos e sigo,

Com teus olhos a me guiar,

Nesta vida vazia,

Que estava a amargar.

Até provar do teu mel,

Cruzar o teu céu,

Mergulhar em teus contos, encantos e versos.

Galopando um lindo corcel,

Alado, brilhante, encantado!

Que aprendeu a sorrir com as fadas,

E vai enfeitiçado nas linhas,

Que vai deixando espalhadas

Nas charnecas e vales,

Mulheres como eu,carentes.

Enamoradas, apaixonadas!

Por teu porte de deus das paixões, ilusões...

Fecho os olhos,surge você,

E ascende as luzes em meu coração.

Tua presença me vem ,

Como a beleza do arco-íris no ar,

Eleva os sonhos.... só não se pode pegar!

Ludibriada por meus sentimentos.

Minha alma pede passagem,

Ao espaço, ao tempo,

Segue em teu encalço.

Qual nau desgovernada,

Nas procelas da vida lançada.

Se estou a escutar o vento?

Sim meu poeta, estou a escutar.

E teu murmurar é suave, envolvente...

Faz meu corpo flutuar até você,

E essa boca de dentes perfeitos,

Que mordisca meu colo

E me faz delirar de prazer.

Desejando te ter em mim,

Todo enfim.

Corpo e pensamento.

Viajar em teus sonhos,

Tua, toda nua, sensual,

Completamente domada,

Exposta a emoção do momento,

Iluminada com a luz da tua inspiração,

Raios que nascem da tua pena,

Invadem minha vida,

Colorindo meus escuros dias de solidão!

Fecho meus olhos,e a claridade da lua me banha.

Estou tranqüila, serena,

A me farta com essa paz,

Que me toma os sentidos,

E nasceu de um manuscrito.

Numa escrivaninha vazia,

Prenchida com a luz

De um olhar que um dia,

Nasceu num horizonte distante,

E gravou o seu nome,

Nos montes, planícies,

Do meu coração,

E transformou-me poeta,

Em tua eterna amante!

Observadora
Enviado por Observadora em 27/10/2005
Reeditado em 27/10/2005
Código do texto: T64303
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