Flores e aventais em silêncio....
Ah, doce amor!...
Mira como estão as paineiras!
Mira o brilho dos meus olhos,
olhando o seu retrato às avessas.
Na verdade, a estação mudou,
nossas árvores estão frondosas.
Trocando os aventais, trocamos
de lugar em silêncio.
Hoje, conta-me que os lumes explodiam
no seu peito.
Ah, meu doce amor!...
Não será desta feita.
À sombra dos quintais, Deus
arguirá:
-Onde mora a clemência?
Novamente...
Flores e aventais em silêncio.
Caberá ao torrão dobrar a penitência.