POESIAS

ENTRANHAS DO ESPELHO

Das palavras apenas um canto pingou.

De alpargatas no quarto vago n sintonia das recordações.

Quero ser flor e uma só pergunta cala me.

Gosto de morangos selvagens e de sonetos de amor.

A morte que é fuga real esbarra na vida aonde o redentor chora pela encosta.

A pedra adivinha os caminhos e

por mais que seus gemidos sejam ouvidos...

Converso com o espelho profano.

Construo para o rei uma Torre forte.

Os dias de abril desabrocham e floresceram ipês lilases acompanhando as lembranças no regato q corta ao meio o Eden. Umideceu as entranhas suas águas, pois finda os sonhos em um balaio cheio de saudades.

SEARAS

O céu está todo azul

abriu se as janelas para o amor.

O amor a espalhar seus grãos

pelas searas da via lacta.

Na terra uma fresca neblina

Vai caindo ao entardecer.

O rio caudaloso q é eterno

Busca sua cruz.

DEVANEIOS

CARNAL

Eu, o mar. Piso as águas c meus meus passos.

Vejo um sonho vermelho de janela aberta.

Espreito o sono de porta fechada na imensidão de seu corpo na noite.

Aceito o deserto deste deu quarto seus dias são uma oração bucólica num Julho soturno.

A alquimia da beleza das bruxas me fascina que velejando por meus confins seguem avante.

Por debaixo do céu letras de cores lilases aonde os ciclos se cruzam num êxtase esplendoroso.

Nas encruzilhadas de minhas ondas o vento toca as asas de meus anjos.

Hoje tem lua cheia, delirio de poetas num plebiscito carnal.

DESPERTAR

Todos os dias há um sublime despertar.

Todos os livros na estante se abrem

na imensidão dos campos do saber.

As aranhas bordam os galhos das figueiras.

As flores jorram perfumes ao vento e um canário da terra compõe lhe uma linda sinfonia.

As trilhas estão congestionadas de coelhos, perias e castores.

ENCRUZILHADAS

Todos os dias há um sublime despertar.

Todos os livros na estante se abrem

na imensidão dos campos do saber e as aranhas bordam nos galhos das figueiras.

As flores jorram perfumes ao vento e um canário da terra compõe lhe uma linda sinfonia.

As trilhas estão congestionadas de coelhos, perias e castores. São as epístolas do espírito e virtualidades da alma.

Não há devoção entre homens, mas entre naturezas sim. Até o nível dos oceanos enfim serão encontrados.

Nos olhos de um rinoceronte, mos ritmos das ondas, na insensatez das Guerras, nas cacadas dos deuses!

Tudo é extremo quando tocamos as nuvens c o indicador.

As provocações dos moradores de rua causam um efeito danoso. A brisa cálida q Caua la fora nos fez pensar em nossa cidade, no metro, no move e tudo. Os presos da Nelson faz em uma oração coletiva no pátio sob a chuva e ainda observam a belezacl das ex estrelas.

Esse conto faz algo em mim tão cheio de lembranças.

As flores sa Praça estão ocultas sob os espinheiros. Mera imaginação uma aparência ludica faz o concílio entre frades torturados nos porões.

Gotas de suor no rosto finito. Venha quero ver tudo inclusive as flores q possam ter nascido no deserto.

Tenho digerido o ócio e o cais que habita em mim. Eis ai a herança virtual sonhando e tocando sua lira.

A face da alma leva tempo p enrrugar

e desnuda la.

Os verdes prados seguram nas mãos dos montes.

Uma oração se faz a cada dia de Junho aonde tentava ver mas não via

e velando os sonhos nas encruzilhadas.

DEVANEIOS

Nada restava em mim a não ser o surrealismo das palavras-chave. Sim

pintei todos os meus poemas de lilases. Sim mais ou menos permito me tocar nos perfumes das flores, pois a distância entre o que é real e o que ireal é lógico.

Essa fera insana q ruge dentro do peito e a bela q fita me com seu olhar. Ah esse meu abismo enorme entre o ceu e purgatório. Meu vício varrido para sala de estar. Para ser Ilha deve primeiro ser recifes e contemplo a eternidade além das sombras e uma luz na rua mostra o q sou. Valentes guerreiros com suas miudezas na essência dos templos.

Devaneios em busca de equilíbrio entre galhos e cipós enrolados entre si. A ânsia é velha senhora q sofre dos nervos. Por sobre as ondas dois braços negros.

Deixo brilhar os olhos por uma lágrima e primaveril vejo o corpo sob a colchas.