FERNANDO
Desculpa, por não ter ido me despedir.
Mas não soube que o vento da solidão bateu em teu rosto.
De sorriso fácil mas de alma pesada,
não flutuava, era o oposto.
Ia cada vez mais fundo,
nas águas escuras da imensidão.
Apesar de ter guarida em um coração de ouro,
tinha o peso da solidão.
O sábio japonês me trouxe a ferida,
já velho também já sofria
sabendo que um dia
também se iria.
Que DEUS te receba de braços abertos.
E a todos nós, quando for nosso dia.
NELSON TAVARES