FERNANDO

Desculpa, por não ter ido me despedir.

Mas não soube que o vento da solidão bateu em teu rosto.

De sorriso fácil mas de alma pesada,

não flutuava, era o oposto.

Ia cada vez mais fundo,

nas águas escuras da imensidão.

Apesar de ter guarida em um coração de ouro,

tinha o peso da solidão.

O sábio japonês me trouxe a ferida,

já velho também já sofria

sabendo que um dia

também se iria.

Que DEUS te receba de braços abertos.

E a todos nós, quando for nosso dia.

NELSON TAVARES

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 26/08/2018
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