O LOUCO
Era uma vez um louco,
que achava que era rei.
Tinha a idolatria de poucos,
que aos poucos nada tem.
Comiam de sua mão suja,
como porcos, sem luz nem lei.
Lhe tinham idolatria,
eram a sua grei.
Rebanho de cegos sem alma,
alguns de soberanos abastados,
essa sua grande ironia.
Se orgulhavam de comer o que queriam
E assim fazia-se a festa
prevendo-se a que haveria
o triunfo do grande louco,
vencer a batalha dos porcos.
O circo estava armado,
seriam convocados os palhaços.
NELSON TAVARES