FESTA PARA OS REIS DE FRANÇA

Reflexo turvo numa barca brilhante,

de penas e contas que não deveriam estar ali,

rio que morre aos pés do viajante,

oculto em trejeitos das terras brutas que esqueci.

Seres marinhos são velas de lamento,

do que o espetáculo aguça na tristeza.

O brocado do luto desenha o firmamento,

quando não se sabe o ocaso da natureza.

São galanteadores frivolidades coloridas,

espreitando a nudez que se diz inculta.

Mas o cárcere acetinado de vozes doloridas,

é a revolução que no futuro às cabeças sepulta.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 31/08/2018
Código do texto: T6435943
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