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No meio do caminho,, uma trilha
Mata fechada, caminhos estreitos
Nem mais a luz do sol havia,
Apareceu um rio, mas, não o seu leito.
Águas surgem de todos os lados, barrentas
Que replicam a minha caminhada
Tudo muito perfeito.
Não mais segura me encontro
Não mais segura estou d´onde venho
Nem pra onde vou.
Não sou mais nada.
A escuridão na mata me assusta.
Barulhos estranhos se fazem ouvir
Arregalo os olhos, de medo, me apavoro
Nada disso eu queria sentir.
E a noite entra rapidamente
E a madrugada fria quase nem aguento.
Se havia sorriso, não mais há
E o sono nem vem pra me acalmar.
Procuro um canto sob as árvores
Pra descansar meu corpo encharcado
Porque não há nada a fazer até amanhecer.
Não há estrelas neste céu da mata
A chuva veio e apagou o seu brilho.
Tento cantar e não consigo
Até a minha voz perdeu-se neste vazio.
Que noite infinda! Que martírio sem fim.

Eis que a chuva foi embora e pareço ter adormecido.
O sol voltou a brilhar
Achei o outro lado da trilha
Neste novo caminho que vou andar.

Descobri que a noite na mata escura
É mesmo algo muito ruim
Mas, nela, aprendi por certo
Que nada vai me atingir.
E quando escurecer de novo
Meu abrigo não me deixará sofrer.
Oh Deus da minha vida!
Meu abrigo infinito !
Como te sou grata! Grata ... grata pelo dom da vida!

( Leila Azevedo )       Após um pesadelo



Caros poetas e poetisas, a nossa Campanha está firme !

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