A morte

A morte nos marca como o nascer

Celebra o nosso fim e nos ignora sempre

Deixa em branco as páginas dos anos que ainda poderíamos viver

Silencia-nos pela autoridade que lhe foi cabida como adida do além

Algoz dos inconformados

Ela, a morte, fria como é a sua natureza

pode seduzir os fracos de espírito

E sucumbi-los à lista das almas ceifadas para sempre

Sob razões que não compreendemos

Como um fenômeno ou alguém

A morte segue em sua execução sumária

Não conforta e nem distrata de suas pobres vítimas

Adia-se aos que dela fogem heroicamente até o último suspiro

E deixa reticente o interrogo de seu verdadeiro sentido para a nossa existência

Tudo o que vive e respira está fadado a um fim óbvio

Pois talvez a morte exista para nos lembrar de nossa brevidade

Ademais,

Se não houver recompensa para a humilhação dos que se vão

É mais que justo e desafiante o suspense e o desespero dos que ficam!

Gualther de Alencar
Enviado por Gualther de Alencar em 09/09/2018
Reeditado em 03/01/2022
Código do texto: T6443701
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