Ser de imortal amor

Vem, ser de imortal amor, com teus imortais e idenleveis carinhos, que além de sensações, causam transformações, como o fogo que tudo muda!

O meu coração espaçoso é sempre vazio em maior parte, seja com que seja que esteja que não seja tu,

Oh Querida,

de quem sempre e sempre sinto intensas e imensas saudades!

Enquanto que lábios roçaram em lábios e mãos se embrenharam cabelos e peles,

Enquanto divagava deslizando em relevos perfeitos e vivos de seres divinos,

Meu ser, de esfameado de ti, quase devorou essas almas franzinas que decaíram nos meus abismos!

Oh, Amada Imaterial, vem por em mim uma gota de tua vida!

Agora que não vejo ser nenhum nas periféricas zonas que alcança minha vista,

Ser nenhum capaz de suportar esta temperatura,

Agora que o frio universal transpassa meu coração ardente,

Agora que estou mais longe de qualquer possibilidade e a solidão se embrenha nas brenhas de minha alma, condenando-a a mil séculos de esquecimentos, agora! Agora,

Oh Ser de Sentimento Inteiro,

Oh Querida, eu sinto que tu chegas...

Tu chegas como quem traz o Hálito a quem sucumbe,

A quem já não tem esperança nenhuma...

Oh, transpassa-me como a morte faz,

Com essa dor que enrijece os corpos abandonados à Noite...

Porque neste momento de nenhuma paz,

De nenhuma guerra, apenas tu te anuncias,

e eu entrego-te meu amor em alma para teu abraço primeiro...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 12/09/2018
Reeditado em 27/09/2018
Código do texto: T6446628
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