RENASCIMENTO

O amor que vem com as ondas,

desvairado, sem farol,

bate nas pedras e morre na areia...

Na insegurança de uma nau ao léu,

acredita varar as noites,

romper as tempestades...

Mas sossobra diante dos icebergs,

que lhe vêm ao encontro...

Tumultuado amor sem rumo,

percebe nas nevascas da vida

que o sonho terminou...

Descontrolado,

lança-se mar a dentro,

querendo forças na magia das águas...

Segue sem perguntar porquê,

nadando contra a maré,

esperando um ramo frágil,

que lhe sirva de apoio...

Percebe, então,

no momento final,

que sua força é interior,

que a barcaça é pequena,

não lhe dá sustentação,

nem mesmo condição

de navegar...

Nessa hora,

ergue a Deus uma prece

e agradece

por estar, ainda,

em plena posição de vida

e validamente singra o mar...

Este amor escorreu seu pranto,

é verdade...

Mas a tempestade acalmou,

um novo dia nasceu,

o coração que tanto amava,

abençoado por Deus,

olhou ao longe,

enxergou a esperança,

bebeu da alegria da chuva,

estendeu os braços aos céus

e em paz adormeceu...

Ao acordar,

viu-se livre de um sonho mau

e, nos braços de um novo amor,

escreveu feliz seu poema de paz!

(às 10:49 hs do dia 08/09/2007)

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 09/09/2007
Código do texto: T644765
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