ENTARDECER

Ao entardecer
Leve brisa a roçar gentilmente as copas
Das centenárias árvores do lugar,
Em carinhoso e breve afago,
A oscular-lhes respeitosamente
Seus troncos, suas folhas, seus galhos.
A Seiva que nutre e fortalece
Passeia viva, ativa por todo o ser,
A terra, mãe forte e generosa
Abre-se para o mistério do dar-se.
Em todo lugar, tudo silencia.
Em todo canto paira o silêncio,
Somente a brisa, reflete as folhas
Num diálogo divino, majestoso
E intenso.
Entardece, em todo lugar tudo silencia;
Em todo canto, paira o silêncio.


 
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 17/09/2018
Reeditado em 03/06/2021
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