NA CENA DO MATRIMÔNIO.

Na cena do matrimônio

o casal jura amor eterno

e depois vem o demônio

faz destas vidas um inferno

e as juras serão desfeitas

por sucessivos desrespeitos

a quem antes foi confidente

agora se tornou suspeito

e o ódio vai se alastrando

e logo surte os seus efeitos.

Quando olhamos no horizonte

enxergamos ao fim do mundo

pois exaure ao nosso alcance

e nossas retinas confundem

as elevações dos relevos

com as incertezas do infinito

mas quando nos deslocamos

vemos que tem algo bonito

conforme nos aproximamos

nós desvendamos a tudo isto.

Em cada passo que damos nesta vida

certamente nos deslocam da mesmice

muitas vezes dominados pela sandice

caminhamos para um abismo anunciado

nos lembramos dos arroubos do passado

e não saímos das margens do precipício

relutarmos ao vivermos a tudo isto

mas as forças já se fazem esgotadas

quando queremos mudarmos de estrada

quase sempre este querer nos é indeferido.

Nós fazemos da nossa vida

uma colcha de retalhos

contida de atos falhos

também de muitos acertos

os inevitáveis tropeços

também do enredo fazem parte

nos dedicamos a pessoas

que desprezam nossa presença

mas para evitarmos ofensas

usamos de muitos disfarces.

(Miguel Jacó)

20/09/2018 09:27 - Jacó Filho

Sempre que se faz escolhas,

Jogamos vidas ao vento.

E quem não as faz atento,

Tal plantas soltando folhas,

Enveredam por caminhos,

Em sua maioria sem volta,

E tal as folhas se soltam,

Morrem nos redemoinhos...

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Para o texto: NA CENA DO MATRIMÔNIO. (T6453296)

Bom dia nobre alfaiate das letras Jacó Filho, muito obrigado por esta incisiva interação, aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.