MINHA HERANÇA

Quando o último suspiro

Esvair num adeus mudo,

Meu testamento, versos puros,

Meu alento a vaidade de versar,

Na simplicidade da minha herança,

Poesias, que minha história vai eternizar.

Orbitará no cosmo na leveza do tempo,

Adormecerá em cada canto do vento,

Onde pulsar vidas em poemas,

Onde houver uma mesa boêmia

E o orvalho úmido nas madrugadas,

Para ocultar minhas saudosas lágrimas.

Nas noites enciumadas e enluaradas,

A embalar o meu riso e o meu pranto,

Vão decifrar rascunhos, arroubos de emoções,

Em velhos cadernos com emaranhados rabiscos,

São versos em pergaminhos que versou minha vida,

São meus hilários pecados, feitiços e vícios.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 23/09/2018
Reeditado em 23/09/2018
Código do texto: T6457214
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