DERROTA
 
Na distância dos teus olhos
desnudei o espaço infindo.
Colhi pedras e abrolhos
- deserto implacável e faminto
que, indiferente ao meu grito,
mantem-se inconstante, indistinto.
Meu pensamento é um pássaro,
te procura, não te acha,
so a rua escura, sem lua,
reflete o silêncio que existe
inconsteste como a peste,
sem perguntas, sem respostas:
gosto amargo de derrota.

               .  .  .


Jacó Filho
Em teus olhos, no reflexo,
Jamais vi minha pessoa...
Descobri que foi a toa,
O meu sonhar desconexo...