ESTE SILÊNCIO DE AGORA.

É triste, disse ela,

apos arrumar a saia

amarela,

tenho uma casa assombrada,

a casa de m'alma,

este silêncio de agora

é coisa muito rara,

o que me embala são ruídos

e estalos,

nos meus porões ha bolores

e peças inacabadas,

fantasmas espantam minhas

noites,

me recolho num canto da sala,

descanso na ânsia de recomeçar,

mas como,

se perdi o tempo de amar,

a luz do sol penetra minhas

janelas,

a brisa sopra minhas cortinas,

mas m'alma é caixa lacrada,

são passos perdidos nas

encruzilhadas,

o que fazer, disse ela,

enquanto isso , lá fora uma

nuvem escondia o sol

que colocava ouro na manhã,

ela então respirou,

vestiu-se de teus desalinhos

e partiu.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 24/09/2018
Código do texto: T6458504
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