( Des ) Construir
Todo saber fazê-lo delírios e sonhos
décima nona expressão afrodisíaca
no verso o espaço muralhas faróis
desejânsia ruptural recolho os pedaços
no calabouço das ilusões
Ultra-romantismo transcendente
alegoria dos amantes idealizados
semelhantes às lágrimas
das imortais sensações do medo
Alaúde distante feroz melodia
choro teus dedos dilacerados
e o canto subterrâneo que na infância
a boca sangrava um silêncio amordaçado
N'amanhecer das horas intermitentes
translúcido olhar que ilumina múltiplas transgressões
" viver não é preciso, morrer é preciso "
Nas mãos se dirá um dia como as primaveras da lua
tristes descendentes das canções
mortas e decepadas de reflexões
desconstruídas de amar
Yin-yang contínua equação das coisas finitas
tuas forças de equilíbrio greco-latina-paixão
dionisíaca que se completam e abrangem
todos os fenômenos e aspectos da vida latente