FRAGMENTOS .
Esbarre em mi,
pegue, grude,
respire-me pouco
a pouco,
tome no meu cálice,
até embriagar-se,
ouça o som dos meus
sentidos,
pegue, grude, desgrude,
para eu refazer-me,
dance se quiser,
se não silencie,
é auspicioso o som
do agora,
ele promete pintar
telas e telas,
um prato cheio na
fome absurda,
desnude os excessos,
pendure peças por
peças, neste varal
chamado saudade,
sem alarde, faça
tempo, faça som,
som silêncio,
tempero na carne,
e assim,
se não soprar a brisa,
me alise, me toque,
retoque, até chegar
enfim o ato completo
da felicidade.