Na era do gelo

A mídia soletra textos profanos.

Olhos não secam prostitutas, nem

beatas sonolentas.

A caçada se abre no maldito terreno.

Cheiro pestilento de enxofre.

Pomar de braguilhas sedentas.

O amor rolou entre os seixos.

No ar arroxeado por espinhos,

semprevivas estão morrendo.

Pisoteadas pela patas do animal,

nuvens párias, olhos no ébano.

Hoje, sangrando está o veludo...

Há homem por perto.

Pela estrada acidentada

somos destroçados.

Meninos são violados, nossas

filhas estão morrendo.

Tinahh
Enviado por Tinahh em 05/10/2018
Reeditado em 30/12/2018
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