Na era do gelo
A mídia soletra textos profanos.
Olhos não secam prostitutas, nem
beatas sonolentas.
A caçada se abre no maldito terreno.
Cheiro pestilento de enxofre.
Pomar de braguilhas sedentas.
O amor rolou entre os seixos.
No ar arroxeado por espinhos,
semprevivas estão morrendo.
Pisoteadas pela patas do animal,
nuvens párias, olhos no ébano.
Hoje, sangrando está o veludo...
Há homem por perto.
Pela estrada acidentada
somos destroçados.
Meninos são violados, nossas
filhas estão morrendo.