Olhando as Nuvens

No reflexo do espelho,

Deitado no chão,

O mundo parece cair,

Daqui antes do tempo fugir,

As flores riam com a dor no coração,

Mas estavam ali no campo,

Suportando a pressão,

Tinham o rio logo alí,

Os pássaros no ar,

O sol e a chuva fecundavam as crias,

Mas agora, que a luz escureceu,

Ninguém mais se enxerga,

O rei partiu pra se encontrar,

Deixando um vazio sem par,

A tribo, é governada pela amazonas,

A lua criou um mundo fechado e se diz ser o sol,

A rosa mudou o nome,

A princesa a cada segundo na sua própria fábula,

Foi-se com o mundo,

As cidades cresceram e cada um grita o seu nome,

Procurando individualizar o terreno,

A dor vai envaidecendo as forças,

Fazendo o orgulho mover a cova,

Não há mais que lembranças no coração,

Palavras são ditas em verbos desarmônicos,

Crivando o peito de enganos,

Que só o tempo há de identificar,

No pesar devido, como erro,

Mas a idade da volta, poderá ser tarde demais,

Pois no progresso da desordem,

O caos dessa guerra nunca aceitará a paz.

E o abismo poderá ser o começo do fim,

De tudo que um dia começou numa explosão,

E se estabeleceu como o paraíso.