NATIVISMO

Entrando minha gente em pranto, vou à morte;

mostrando minha mente em canto, sou a sorte

a protelar a morte sem pranto desta gente,

a revelar a sorte sem canto desta frente.

Desnudado viver, sem alegria, que explode

em calado saber, tem fantasia, que eclode

na ponta da caneta registradora, metida,

por conta da careta reveladora, sentida...

Sentida na verdade casual do acontecer,

mantida na bondade pontual do enaltecer

deste sofrimento... da liberação do pudor.

Só nativo com bom coração é merecido;

inativo sem dom, emoção é falecido

deste sentimento... da libertação do amor.

Camaçari, 12/10/1997.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 10/10/2018
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