Na voz da serpentina...

Por onde andarão as rúbeas noites?

As taças, que abrigavam, estrelas e quintais?

A árvore que zelava meus sonhos?

Mudança dos ventos...

Há, um dorido farpado, frente ao férreo sono.

-Que fria noite!...

Dita, o cume, ao riacho.

Saltitando entre seixos, o amor

indaga à uma nuvem de rostos:

- Por onde andarão as nozes, as

castanhas, as uvas passas medonhas?

Por onde andarão os livros divinos?

O brilho dos olhos, a ternura da voz,

as lépidas mãos do meu pai?...

É...

O negro nômade cingiu sua fronte.

Tinahh
Enviado por Tinahh em 12/10/2018
Reeditado em 29/12/2018
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