Dedos

Dedos que apontam, matam.

Elogiam e difamam.

Dedos de mãos sujas,

Oferecem-te os alimentos envenenados.

Milhares de dedos te apontam,

Te “cutucam”, te “beliscam”,

Fazem-te sorrir sem vontade.

Fazem-te chorar.

Dedos trêmulos alisam o gatilho

De um revólver sem munição.

E ainda te apontam...

O caminho incerto para seguir.