As correntezas do rio

O destino é um labirinto sem portas e saídas?

O destino é o amor desejado e que não temos?

Cujo relacionamento é esse barco sem remos?

E no ninho da morte se encontra o fogo da vida.

E quando até pela voz do Silêncio somos silenciados,

E quando até pelo abraço do Abandono somos abandonados,

E ainda assim encontrar centenas de milhares de borboletas

Por entre as minhas mãos cheias de histórias e violetas.

Buscar em um beijo uma evidência de amor,

Encontrar no amor o persuasivo sentido de viver;

Sentir sem sombra de dúvidas a sombra de renascer

No abraço despido de si o êxtase da sexual dor.

Sou um rio de egos sem eus e regatos,

Sou um estado independente de estados,

Eu sou deus: judaizante, pagão cristianizado!

Sou a condenação em se viver libertado.

E no inferno do ódio desencavar o paraíso do amor,

E no poço da escuridão tatear alguma fenda de luz,

Cantando todo o silêncio em que o mundo não reproduz,

Castrando cada máscara personificada e arrancada

De nossas faces cheias de mentiras, vaidades e fachadas.

As asas das borboletas em teu rosto belo e frio

São as tristes lágrimas das correntezas do rio

A colher a sede e o fruto do amor em teu olhar;

Na taça do teu beijo e afeto para sempre poder

As nossas almas juntas e de mãos dadas viver;

Tu és o meu alento da alma e eu sou o teu ser!

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 15/10/2018
Reeditado em 15/10/2018
Código do texto: T6476631
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