Dilatação
Eu deixo arestas a serem apontadas.
Inconclusivas ideias permeiam meu juízo.
Dilato finais.
Protelo ciclos com poréns.
Eu sei, eu deixo as portas abertas...
O salitre ainda consome o chão em que projeto meus passos.
Sim, é proposital.
Ou, talvez, habitual.
Talvez eu receie o amanhã.
E deixe o tempo assim,
meio inquieto,
a espera da próxima vírgula.
Os fins me confundem.
É que eu desejo o melhor.
Planejo a perfeição...
E, talvez, por ela não existir, o inconcluso povoe minhas espirais.
Quem sabe a incompletude forme o perfeito acabado:
se o melhor é o que posso fazer,
talvez tudo seja finito
e o tempo perdido seja só mais um prego incrustado em minh'alma.
O avançar me convida.
Finjo aguardar os sinais...