Ode silenciosa

Casta, muda, lisa.

Desata no seio do Dia

Cheiro mofado de flores.

Suor, óleo, enzima.

Arranjo murcho de história,

Vasta lágrima

Dor traçada no espaço,

Braços cruzados no berço

Face escura à borda do vaso

Pesada concretude -

Coisa molenga a endurecer-se na memória.

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 11/09/2007
Reeditado em 11/09/2007
Código do texto: T648569