Esquálida

Esquálida*

Luz, que nem sol de maravilha

brilha, reluz

Ofusca minha ilha

Sórdida terra...

Mais parece insólita

Profunda hera

Eras tu nos meus sonos

Cinza, pálida atroz

Cadela sem cio sois vós

aquela que precipia

mentirosa

fui o mentor deste sarcasmo

Nem sou pior que vós

Tão impuro quando teu breu

volto a tumba atroz

Da minha língua insana

Tudo emana

Tudo é voz

Tudo é cor

Tudo é som

Incrível...desatina meu destino

que eu,por minha boca

Felino, quase Hiena

Destruí minha carniça

Só! estou só....

Resta-me ainda uma esquálida imagem

de mim sem reflexo nenhum

Um grita..outro socorre..outro morre.

Fim!

Lúcia Gönczy

Lúcia Gonczy
Enviado por Lúcia Gonczy em 12/09/2007
Código do texto: T649125
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.