Perdi a virgindade
Na nossa última noite de amor, eu perdi as estribeiras
Perdi o limite da loucura que é viver a realidade
Senti mais coisas ardendo o corpo que um pecador sendo queimado na fogueira
Fiquei todo louco, tendo como guia a tonteira
Pensei estar bêbado, embriagado duma bebida sem nome, mas, na verdade, era você me chamando;
evocando meus espíritos, me transformando num homem
Eu te toquei como uma virgem
E maltratei seu corpo
Suguei sua boca
Beijei seu rosto
Até te convencer que sou eu agora e amanhã
e num para sempre que talvez só dure o tempo da minha rigidez
Eu sei que eu quero estar com você e ser aquele que aquece seu lado da cama e te molha como um canal de Veneza e passeia por tuas águas tão refrescantes
Eu sou um homem agora a partir do momento em que você me desvirginou da cegueira do sexo
Você era a virgem da história, mas fui eu quem fez amor pela primeira vez.