Será a poesia sincera?
Muros pichados a mão
palhaços, destaques, freqüências
Coarção, sofreguidão, saber encantar...
Artes, realezas, respiração
Dona do tempo, da honra, da vida
Remete inspiração.....
Passo, outro laço, seu retrato
Delirante alienação
Transborda tua imagem, constante miragem , comprometendo meu coração....
Com rima, sem rima
Posso até enlouquecer
Mas para mim, para tu e para ele, deixo esses versos morrer...
Sempre assim, os versos gritam “é disso que eu necessito”
Sempre assim, você se mata e eu ressuscito
Já assustei o medo
Já enganei a morte
Já escureci mais cedo
Brinquei com a sorte
E era pra ser forte, mas agente vai mudando
Cresce, diferencia-se um gosto, as coisas vão caminhando
É tudo estranho
São os mesmos muros, os mesmos rostos, mesmos sonhos e mesmas miragens
O mesmo caminho e os mesmos passos, mas nunca são as mesmas paisagens.
[...rOg Oldim e Renata Dias...]