Santo do pau oco

Santo do pau oco

Os alagamentos que mata e leva a coberta

Um beija flor azul que paira no ar normal

Mapa doente, apesar da promessa certa

Cruel não é vê? É sim permanecer no anual

Sonho com futuro menos letal que desperta

Reservo a ilusão, também densa sem o mau

Ditado rouba mais faz! Com a morte na reta

Feio vê, correr a pé, sem pé e base estrutural

Uma moléstia tende a ver o espectro e acerta

Amargura da espera onde o título só é teatral

Os dias de alegria foi só uma porta entreaberta

Ventava forte sem o mato ou morro o tal fatal

O lance rompeu o dia da esperada descoberta

Chorava com cara de malvado e olhar mortal

O santo era o do pau oco, o sujeito que aperta

Lamento se isso for só uma ilusão com ar formal.

O NOVO POETA. (W.Marques).