A última palavra

Mataram as flores

Silenciaram os cantores

Ameaçaram o amor

Amordacaram a dor

Tu que já sonhou

Tu que amou

O inalcançável

Hoje só lamenta

Em ver tuas aspirações

Cuspidas por indiotas

Apropriando o teu discurso

A sua imagem e ignorância

Cada dia pesado tendo

Que ver tanta injustiça

Invocada em defesa

De um suposto bem

Agora pouco resta saber

Do maniqueísmo perverso

O pavor do ódio ao semelhante

E suas ações econômicas

Que vem como uma tempestade de areia

Arrastando de forma voraz

Os poucos de teus direitos

Sua liberdade e o limite de tua cabeça.

Os que comem o pão da tristeza hoje são visto como heróis e o inimigo e ele mesmo

Sua voz diz o que seu coração acusa

Sua ação é beliculosa

E seu prazer reprimido

O seu culto perdido

São hominis lúpus

Seus ideais de liberdade

Não passam de prisão redutos

De egos cegos

Que carregam seus corpo

E mentes cadavéricas

Seus idéias cultuam a obscuridade

É tudo que é novo e altivo

Se tornou ameaça

O velho defunto e os fantasmas

Voltam pra assombrar como

Se já não fosse suficiente

A maldade dos vivos

O silêncio amargo

Dessa garganta

E o olhar que observa

O inacreditável tornar seu contorno.