Remanescente
Ser canto de repouso,abrigo dos cantos
Memória dos anos de doce juventude.
Ter orvalho que rega,
Ter o vento que seca,
E balança os anos,
Amiúde.
A melhor forma de viver,
Exemplo pueril da eternidade!
Nascer da miudez de uma semente,
Regar a flacidez do solo quente,
E derramar seus frutos em contraste.
Acompanhar o morbido progresso,
Descaminhar gentilmente a tênue arte.
Na troca nem tão justa,
Onde a raiz amputa,
Seus desejos de morte.
Na insignificancia,
Um abrigo de criança,
Onde seu fruto é sorte.
Ser tácita bonança,
Da vida que não cansa
Ou simplesmente amor.
E deixar na lembrança,
Sua doce aliança,
no resguardo de flor.