À poesia: o pão da alma - A perdição

O século está ébrio; - a fumaça é negra;

No coração dos homens há tumores.

É o absinto da perversão desalmada

É o suicídio das letras sagradas, suas dores.

A Terra plaina: - num antro malquisto desfalece;

Desmaia em suspiros a tenacidade poética.

Um mar sem água, apenas o regelo da saudade;

A vida sem alto, apenas o negro da floresta.

Celso Júnior
Enviado por Celso Júnior em 06/11/2018
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