Há algo de podre no reino de Bauman

Que maravilha o mundo em que vivemos!

Pôr uma ação simples como a linha do tempo do Facebook apagar

Posso egoicamente viver o famigerado “não é” de Hamlet,

E morrer rei, coroado e tudo, sem de fato me matar.

Chupa, Lear.

Ah! Maldita sejas tu, nômade fluidez khaleesiana!

Idimente consciente de sua nobreza real e retórica, da servil castração me libertais.

E assim, outrora escravo exército de almas millennium'ares, agora liberto, marcha,

Por vós perdido, adulto e avatarizado, em busca de um virtual-verbo-cais.

Tua natureza etérea faz-me ver quão "estando" sou - ou posto ser.

Tratando farisaicamente pelO verbo coisa curta, conjugada.

Feito Maria paro do ventre, pois, divina composição de acentuado nada,

E tal qual o príncipe dinamarquês, restando apenas o silêncio.

Escrevo palavras, palavras, palavras...

Rob J Cole
Enviado por Rob J Cole em 09/11/2018
Reeditado em 09/11/2018
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